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Crianças no mundo pós-pandemia.

    Será que elas vão se sair bem?

    A pandemia da COVID-19 trouxe consigo quase dois anos de confinamento. As consequências podem ser sentidas ainda hoje por todos os que sobreviveram a esse momento difícil, mas há um grupo em especial que se mostrou bastante sensível às mudanças causadas pela quarentena: as crianças. Listamos aqui algumas observações sobre o que tem acontecido às crianças nesse mundo pós-pandemia.

    Estão levando mais tempo para desenvolver suas capacidades escolares e sociais.

    Nesses quase dois anos de confinamento dentro de suas casas as crianças ficaram longe fisicamente de suas escolas, algumas tendo aulas remotas e outras nem aulas conseguiam ter. O momento foi delicado para os colégios, que tiveram que adquirir tecnologias que até então não lhe eram necessárias, para os professores que por sua vez tiveram que se adaptar a essas novas tecnologias e às crianças que se viram privadas do espaço escolar onde podiam conviver com seus colegas e professores e desenvolviam ali suas mais diversas habilidades.

    Com essas dificuldades as crianças tiveram seu desenvolvimento escolar defasado. Algumas que já poderiam estar lendo e escrevendo fluentemente ainda estão aprendendo, outras já apresentam dificuldades no convívio social pois ficaram privadas desse contato com outras crianças e estão agora aprendendo a lidar com a presença do outro.

    Mas tenham calma, essas crianças que sofreram com o confinamento da pandemia do COVID-19 vão sim aprender tudo que precisam, apenas necessitarão de um pouco mais de tempo, dedicação e atenção.

    A presença das telas, que já era grande, aumentou.

    Antes da COVID as crianças já sofriam com a superexposição às telas, após a pandemia essa exposição ficou ainda mais evidente. Por conta do isolamento social as crianças acabaram confinadas dentro das suas casas, muitas sem acesso ao mundo externo, e com isso recorreram às telas para ter não apenas o seu lazer mas também o seu aprendizado escolar através do ensino remoto. Com isso, a busca por jogos eletrônicos, aplicativos de celular e outras distrações eletrônicas cresceu. O tempo dedicado às telas durante a pandemia extrapolou em muito ao tempo recomendado às crianças pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

    O que fazer agora que o pior momento já passou?

    Agora que o pior já passou, as pessoas se vacinaram, o número de mortes e internações reduziu drasticamente e os protocolos sanitários já estão bem mais flexíveis o momento é outro. Nós e as nossas crianças já voltamos às ruas, praças, escolas e ao convívio social que ocorre nesses locais. E a indicação em relação às crianças é justamente incentivá-las à ter essa experiência no mundo externo.

    Os pequenos passaram os últimos anos trancados dentro de suas casas sem poder encontrar os amigos e brincar ao ar livre. Pais e demais adultos responsáveis devem então incentivá-las a abandonar as telas e a brincar em espaços abertos onde elas possam ter bastante contato com a natureza.

    Sabemos que o mundo, nós e as nossas crianças ainda vamos levar mais algum tempo para voltarmos ao que era considerado normal, mas devemos lutar por esse retorno e incentivar as crianças a embarcar nessa viagem conosco. Aos poucos chegamos lá.